AQUI, AGORA, O QUE É DESDE SEMPRE, 2015

Aqui, agora, o que é desde sempre, 2015. Same as it ever was, 2015

Pesquisa de imagens no acervo fotográfico do Museu Joaquim Felizardo, formado por cerca de 9.000 imagens de Porto Alegre dos séculos XIX e XX. A pesquisa buscou compreender a ambivalente história de Porto Alegre com suas águas, uma narrativa marcada por lampejos de desenvolvimento, associados a infra-estruturas de aterramento do lago Guaíba. A partir daí decidimos organizar um calendário eterno raspadinha. Ao final de um ano, raspados todos os dias, o calendário se transforma num lindo álbum da história dos aterros de Porto Alegre. O calendário por excluir os dias da semana, permite sua utilização em qualquer ano gregoriano. Um calendário do futuro, presente, passado, de uma cidade estagnada, marcada pelos conflitos, dissonâncias e interesses dos gestores públicos das três esferas do poder executivo – municipal, estadual e federal.

O trabalho buscou desconstruir as equivocadas ideias ligadas ao progresso e crescimento contínuo, sublinhando indagações como: por que ainda hoje quando falamos de crescimento, pensamos e nos referimos apenas ao econômico? E por que essa ordem imposta nos parece natural?

créditos das imagens:

1 Lembrança de Porto Alegre, sem data, Hugo Freyler;  2 Tradição Guarani, sem data, autor desconhecido; 3 Vista aérea de Porto Alegre, 1956, Léo Guerreiro e Pedro Flores; 4 Travessia Getúlio Vargas – ponte do Guaíba em construção, 1956, Léo Guerreiro e Pedro Flores; 5 Enchente de 1941, Sioma Breitman; 6 A margem de tudo, 1950, Sioma Breitman; 7 Na beira da praia, década de 1900, Lunara; 8 Coleção Porto Alegre 4 Estações, 1999, Guilherme Lund; 9 Aterro na rua Voluntários da Pátria, 1955, Léo Guerreiro e Pedro Flores; 10 Travessia Getúlio Vargas – ponte do Guaíba em construção, 1956, Léo Guerreiro e Pedro Flores; 11 Ponte de pedra, 1952, Léo Guerreiro e Pedro Flores; 12 Arroio Dilúvio, década de 1950, Léo Guerreiro e Pedro Flores.

As imagens deste calendário integram o acervo da fototeca Sioma Breitman, Museu Joaquim José Felizardo, Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

O calendário raspadinha, de Leonardo Remor e Denis Rodriguez, foi apresentado na exposição O Vento Dissipa as Lembranças de uma Realidade Anterior, Santander Cultural, Porto Alegre, 2015.

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